Em cada lágrima caída, uma saudade do bom que foi,
E uma mágoa do mau que foi.
Vivemos tudo intensamente, e na imensidão do intenso,
perdemo-nos da razão que um dia nos uniu.
No vazio que paira no ar, as memórias são balas perdidas que nos vão atingindo, com delicadeza a cada sorriso de libertação. São ancoras que nos prendem ao passado como se a vida dependesse dessas memorias. Como se não existíssemos sem esse lugar dentro de nós.
As relações disfuncionais estão carregadas de bom e de mau, na medida 8-80.
Não existe equilíbrio no sentir nem no agir.
Uma urgência de viver, uma urgência de fugir.
Uma vontade de dar, outra de magoar.
A incapacidade de não estar, a incapacidade de permanecer.
A imensidão do outro dentro de nós, a ausência do outro dentro de nós.
Que paradoxo destrutivo este, que alimenta o amar demais.
Que tenhas a capacidade de medir o sentimento que trazes em ti. Que tenhas a capacidade de equilibrar esse tudo e nada. Que entendas que a ausência de angústia é o que é expectável. Que aceites que existem adeus inevitáveis… Que aceites que o amor não magoa. O amor acrescenta e enaltece.
Amar é cuidar, amar não é magoar!
Com amor,
Débora ♡
Mesmoo muiiito bem (d)escrita o que é a vivência numa relação não positiva e não funcional!